são aqueles momentos em que não pensas em nada, ao mesmo tempo tudo te passa pela cabeça...
e a coisa que mais pode arreliar num momento desses é a pergunta: "em que é que estás a pensar?"...
Não há resposta, mas encontrei uma descrição engraçada:
(...) adormece-se cedo no fim do mundo.
Aproveito o momento para me sentar na proa a olhar o céu, a ouvir a selva. (...) - as estrelas aparecem com a nitidez flutuante de peixes num aquário. Fico ali quieto durante um tempo que não tem paralelo com as medidas que conhecemos para cadenciar esse mesmo tempo. Não importa as horas. É uma dimensão temporal de observação, escuta e introspecção. É um momento de serenidade galáctica.
Gonçalo Cadilhe - "Planisfério Pessoal"
eu concordo, especialmente com a serenidade galáctica...
e venham eles... os momentos de tempo sem sentido...
2 comentários:
De facto, nunca entendi por que há esses "tempos"... como aparecem, para que servem, o que os despoleta? Nunca entendi...
Mas algum sentido devem ter... nós é que ainda não atingimos... Digo eu!
Já agora, em que estavas a pensar? ;)
Abraço
Da última vez que senti verdadeiramente esse tempo expandido e embuido da vontade de ficar absorta em contemplação, a pessoa que estava ao meu lado disse "em que pensas?". Embora estivesse a pensar em perguntar o mesmo, a verdade é que naquele momento senti que não precisava de o "ouvir" para o "saber". Roçou o cósmico. Foi à beira Douro.
Bj
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